Tecnocentrismos
Eduardo Pellanda, Gloria Olivia Rodríguez-Garay e Jacqueline Oyarce | Coords.
Autoras e autores | Alba Aragón-Manchado, Alberto Calil Elias Junior, Amaro La Rosa Pinedo, Andrea Cruz-Elvira, Anna Cláudia Bueno Fernandes, Arthur de Oliveira Rocha, Beatriz Andrade, Bruno Paiva de Souza, Carlos Enrique Fernández-Garcia, Carlos Ricardo Gonzales García, Celso Sánchez, Christina Ferraz Musse, Débora Oliveira, Denis Porto Renó, Gabrielly del Carlo Richene, Gloria Olivia Rodríguez-Garay, Gustavo Soranz, Henrique Pachioni Martins, João Pedro Albino, José Patricio Pérez-Rufí, Kênia Maia, Laryssa Gabellini, Lorenna Aracelly Cabral de Oliveira, Ludmilla Pollyana Duarte, Marcelo Bolshaw Gomes, Margareth Boarini, Marta Cardoso de Andrade, Martha Patricia Álvarez-Chávez, Matheus Teixeira, Natalia Martin Viola, Nathalia Figueiredo de Oliveira Brito, Roberta Spolon, Silvia Husted Ramos, Susana Azevedo Reis, Thaiana Alves de Almeida, Thiago Seti Patricio, Wassili Gonçalves da Silva Freitas
No ano de 2004, quando começávamos a conviver com a chamada web 3.0 e os cidadãos ganharam a possibilidade de interagir ativamente com os espaços virtuais, Dan Gillmor publicou a obra “We the media”. Eram novos tempos, com a consolidação da blogosfera e o início dos espaços social media, traduzida para o português e o espanhol como redes sociais (ou redes sociales). Através destes espaços, a sociedade ganhou algo que considerávamos fundamental para o seu desenvolvimento: o poder da palavra. Com base nisso, Gillmor defendeu que éramos “seres mídia”, ou seja, tínhamos o desejo de protagonizar os processos comunicacionais e, diversas vezes, até tentávamos ocupar missões importantes, como as do Jornalismo.
Praticamente duas décadas se passaram, e neste tempo muito se transformou. A sociedade perdeu a referência da mídia e de seu papel no desenvolvimento social e na construção da cidadania e da democracia. Com a perda da referência, valores importantes passaram a ser questionados, dentre eles o da notícia e, consequentemente, o da verdade. Surgiram, então, as popularmente chamadas fake news. Neste aspecto, até mesmo o termo é um erro, e foi consolidado pelo excesso de circulação dele próprio pelos seres midiáticos. Alguns teóricos defendem que o termo deveria ser definido como fake information, ou, em sua tradução literal, informação falsa. De fato, fake news(ou notícia falsa) é a menos apropriada. Afinal, se é falsa, então ela não é notícia.
Mas a participação da sociedade na construção de processos midiáticos não se limita à informação. Ela também passeia pelo mundo das artes, valorizando ou desaprovando as manifestações. Isso também ocorre na educação, e na deseducação, e acaba até mesmo por questionar até mesmo o papel dos profissionais da educação. E assim vai, pela publicidade, pela construção da cidadania e, claro, na tecnologia. A obra, que aborda um destes temas, é de livre acesso para leitura e download e tem como proposta uma reflexão, com base em conceitos teóricos e resultados científicos, sobre os seres mídia e o seu papel em diversas searas da sociedade contemporânea.
Edição: dezembro de 2023
ISBN 978-989-8971-92-0
páginas 432