Literacia midiática

Andrea Versuti e Fernanda Bonacho (coords.)

Autoras e autores: Alexandre Farbiarz, Ana Paula Goulart de Andrade, Bryan Patricio Moreno-Gudiño, Carla Gonçalves Távora, Cristiano Henrique Ribeiro dos Santos, Daniel Costa de Paiva, Eduardo Martins Morgado, Fernanda Henriques, Francisco das Chagas Sales Júnior, Gabriel Bhering, Gloria Olivia Rodríguez Garay, Iluska Coutinho, Ingrid Pereira de Assis, José Sergio Dias Page, Leandro Marlon Barbosa Assis, Luciana Aparecida Janizello Augusto, Luciana Sales Cordeiro, Luiz Francisco Ananias Junior, Marco Túlio Pena Câmara, María Cristina Alberdi, Mariela Balbazoni, Martha Patricia Álvarez Chávez, Osvando José de Morais, Rebeca Santiago Holanda, Renato Naves Prado, Silvia Husted Ramos, Simone Teixeira Martins, Tatiane E. M. de Carvalho, Tiago Negrão de Andrade, Valquíria Aparecida Passos Kneipp, Vanessa Coutinho Martins, Vicente Gosciola, Victor Henrique da Silva Menezes, Vinícius Henrique Silva

edição: dezembro de 2023
ISBN 978-989-8971-85-2 
páginas 455

No ano de 2004, quando começávamos a conviver com a chamada web 3.0 e os cidadãos ganharam a possibilidade de interagir ativamente com os espaços virtuais, Dan Gillmor publicou a obra “We the media”. Eram novos tempos, com a consolidação da blogosfera e o início dos espaços social media, traduzida para o português e o espanhol como redes sociais (ou redes sociales). Através destes espaços, a sociedade ganhou algo que considerávamos fundamental para o seu desenvolvimento: o poder da palavra. Com base nisso, Gillmor defendeu que éramos “seres mídia”, ou seja, tínhamos o desejo de protagonizar os processos comunicacionais e, diversas vezes, até tentávamos ocupar missões importantes, como as do Jornalismo. 

Praticamente duas décadas se passaram, e neste tempo muito se transformou. A sociedade perdeu a referência da mídia e de seu papel no desenvolvimento social e na construção da cidadania e da democracia. Com a perda da referência, valores importantes passaram a ser questionados, dentre eles o da notícia e, consequentemente, o da verdade. Surgiram, então, as popularmente chamadas fake news. Neste aspecto, até mesmo o termo é um erro, e foi consolidado pelo excesso de circulação dele próprio pelos seres midiáticos. Alguns teóricos defendem que o termo deveria ser definido como fake information, ou, em sua tradução literal, informação falsa. De fato, fake news(ou notícia falsa) é a menos apropriada. Afinal, se é falsa, então ela não é notícia. 

Mas a participação da sociedade na construção de processos midiáticos não se limita à informação. Ela também passeia pelo mundo das artes, valorizando ou desaprovando as manifestações. Isso também ocorre na educação, e na deseducação, e acaba até mesmo por questionar até mesmo o papel dos profissionais da educação. E assim vai, pela publicidade, pela construção da cidadania e, claro, na tecnologia. A obra, que aborda um destes temas, é de livre acesso para leitura e download e tem como proposta uma reflexão, com base em conceitos teóricos e resultados científicos, sobre os seres mídia e o seu papel em diversas searas da sociedade contemporânea.

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