Consumo, desejo e diversão

Alberto Dafonte, Dorival Rossi, Lucilene Gonzales e José Carlos Marques (coords.)

Autoras e autores: Alba Aragón-Manchado, Ana Carolina Campos de Oliveira, Ana Lúcia Nishida Tsutsui, Ana Luiza Tostes, Andrea Cruz-Elvira, Breno da Silva Carvalho, Cainã Brinatti Guari, Camila Silva Ferreira, Cassia Leticia Carrara Domiciano, César Augusto Sampaio, Daiana Sigiliano, Daniela Urbinati Castro, Dorival Campos Rossi, Eutália Silva Ramos, Fernanda Henriques, Gabriela Ribeiro Amorin, Gabriela Simão Dias, Gilson Braviano, Igor Vinícius da Silva Fontes, Iluska Coutinho, Jefferson Parreira de Lima, Joe Wallace Cordeiro, José Carlos Marques, José Luís Bizelli, José Patricio Pérez-Rufí, Larissa Oliveira, Lisley Helena Cruz, Lucilene dos Santos Gonzales, Luís Henrique Mendonça Ferraz, Manuela de Azambuja, Mariana Eduarda Agreste Silva, Marina Jugue Chinem, Marta Corrêa, Matheus Tamaino Brum, Maurício de Oliveira Miranda, Mayra Regina Coimbra, Missila Loures Cardozo, Paula Leão Delgado, Sandro Tôrres de Azevedo, Tayná Pereira Bueno

edição: dezembro de 2023
ISBN 978-989-8971-89-0 
páginas 467

No ano de 2004, quando começávamos a conviver com a chamada web 3.0 e os cidadãos ganharam a possibilidade de interagir ativamente com os espaços virtuais, Dan Gillmor publicou a obra “We the media”. Eram novos tempos, com a consolidação da blogosfera e o início dos espaços social media, traduzida para o português e o espanhol como redes sociais (ou redes sociales). Através destes espaços, a sociedade ganhou algo que considerávamos fundamental para o seu desenvolvimento: o poder da palavra. Com base nisso, Gillmor defendeu que éramos “seres mídia”, ou seja, tínhamos o desejo de protagonizar os processos comunicacionais e, diversas vezes, até tentávamos ocupar missões importantes, como as do Jornalismo. 

Praticamente duas décadas se passaram, e neste tempo muito se transformou. A sociedade perdeu a referência da mídia e de seu papel no desenvolvimento social e na construção da cidadania e da democracia. Com a perda da referência, valores importantes passaram a ser questionados, dentre eles o da notícia e, consequentemente, o da verdade. Surgiram, então, as popularmente chamadas fake news. Neste aspecto, até mesmo o termo é um erro, e foi consolidado pelo excesso de circulação dele próprio pelos seres midiáticos. Alguns teóricos defendem que o termo deveria ser definido como fake information, ou, em sua tradução literal, informação falsa. De fato, fake news(ou notícia falsa) é a menos apropriada. Afinal, se é falsa, então ela não é notícia. 

Mas a participação da sociedade na construção de processos midiáticos não se limita à informação. Ela também passeia pelo mundo das artes, valorizando ou desaprovando as manifestações. Isso também ocorre na educação, e na deseducação, e acaba até mesmo por questionar até mesmo o papel dos profissionais da educação. E assim vai, pela publicidade, pela construção da cidadania e, claro, na tecnologia. A obra, que aborda um destes temas, é de livre acesso para leitura e download e tem como proposta uma reflexão, com base em conceitos teóricos e resultados científicos, sobre os seres mídia e o seu papel em diversas searas da sociedade contemporânea.

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